No tatame, a verdade

O mestre Rickson Gracie sempre soube que o tatame é a melhor das invenções para detectar a verdade das pessoas, muito mais eficaz que qualquer engenhoca eletromagnética com eletrodos ou modernos testes psicológicos.

E olhe que Rickson começou a perceber isso antes mesmo de pegar a faixa-azul, aos 13 anos.

Em seu livro “Breathe: A Life in Flow”, o campeão conta que a primeira vez que aprendeu sobre isso foi durante um amasso severo que levou no Jiu-Jitsu, quando era um garoto. Eram pequenas pistas que o comportamento de colegas transmitiam, antes, durante e depois dos treininhos. Por exemplo: quando alguém apertava sua mão, sem conseguir olhar nos olhos. Ou, especialmente, pela postura de caras “who beat me so mercilessly made excuses not to train with my older brothers”.

Foi ali que Rickson, sem nenhum tipo de julgamento – e ainda sem entender exatamente o que era o medo de perder ou a insegurança humana – tomou a decisão: fosse o que fosse, ele tinha apenas uma certeza: ele jamais queria crescer e agir como aquelas pessoas.

E você, que aprende sobre os outros, e sobre si mesmo, a cada treininho? Bons estudos.