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As 5 perguntas que Rickson Gracie mais escutou na vida

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Que invenção humana foi mais importante para o desenvolvimento do jiu-jítsu? O quimono, por certo, foi uma das maiores. O tatame e a tigela de açaí também são bem votados.

Mas há talvez uma que seja a principal: a comunicação verbal em perguntas e respostas. Sem isso, como poderíamos ter aprendido o bom jiu-jítsu dos mestres?

Grunhidos e mímicas certamente atrapalhariam todo o processo, sem falar na confusão que seria na hora de acertar a mensalidade. A arte de elaborar uma questão e se manter atento e em silêncio na hora da resposta é um dos pilares do desenvolvimento da arte marcial, e da vida em sociedade.

Rickson Gracie, como um mestre influente e um dos maiores representantes da modalidade desde jovem, já escutou inúmeras (milhares, milhões?) de perguntas sobre técnicas, histórias, didática e filosofias do jiu-jítsu.

Entre as mais comuns, endereçadas a Rickson por alunos, amigos e jornalistas, quatro bem frequentes estão pinçadas a seguir:

1. Que foi que você aprendeu na sua épica estreia no vale-tudo, contra o gigante Rei Zulu?

2. Que acha do ensino do jiu-jítsu hoje pelo mundo?

3. Os treinos sem kimono ajudam o praticante a evoluir?

4. Que tática você teria usado para vencer Kazushi Sakuraba, quando a luta foi ventilada no finzinho da década de 1990?

O Gracie, claro, já esclareceu por diversas vezes cada uma dessas dúvidas. Algumas das respostas mais brilhantes foram:

1. “Na primeira luta contra o Rei Zulu, eu tinha 19 anos, e uns 72 kg, e ele uns 96 kg. Ele me jogou para fora do ringue três vezes, o que me deixou meio impressionado. Fiquei exausto no intervalo, mas quando acabou a luta eu aprendi a grande lição que levei para toda vida: toda vez que eu estiver cansado, meu adversário vai estar cansado também. Foi o que meu pai Helio me disse no córner, meu irmão Rolls me atirou um balde de gelo e voltei para o segundo assalto. Dito e feito: com três minutos ele dormiu.”


2. “Hoje a gente vê o jiu-jítsu espalhado pelos quatro cantos do mundo, o que me enche de orgulho. Ao mesmo tempo que tem bastantes homens e mulheres competindo, aumentou-se o número de praticantes e a atenção dada ao esporte. A parte de defesa pessoal é que vem sendo um pouquinho afastada do cotidiano da prática do jiu-jítsu, e isso precisa melhorar.”

3. “O lutador de jiu-jítsu não aumenta a sua eficiência ao treinar sem quimono. Ele tem de criar novas situações técnicas para se adaptar ao jogo, mas isso não quer dizer que seja um desenvolvimento esportivo. O submission ou grappling é simplesmente uma modalidade que, por ser atrativa financeiramente, está congregando um alto número de adeptos.”

4. “Se minha carreira teve uma lacuna, foi este confronto contra o japonês Sakuraba. Na época me ofereceram US$5 milhões pra lutar com Sakuraba. Foi uma espinha na minha garganta por um tempo. A possibilidade dessa luta surgiu na minha carreira na época em que perdi meu filho Rockson. Não aconteceu e não vai mais acontecer. Dentro de uma análise fria minha, eu nunca o achei muito bom tecnicamente, mas ele tinha uma calma sob pressão incomparável. Era capaz de se fechar como uma tartaruga e aguentar todo tipo de pressão, quando o rival queria montar ou pegar as costas. Quando o oponente perdia a posição, era uma ducha de água fria e o Sakuraba crescia. A pressão consistente, sem deixá-lo escapar de baixo, seria minha tática então. Nas visualizações na minha cabeça, tenho certeza de que eu não perderia a calma, avançaria no chão sem afobar, até uma posição vantajosa para finalizar. Cada vez que um rival do Sakuraba não concretizava a posição e desperdiçava a oportunidade, ele vinha para cima com uma força espiritual mais forte. Eu sei que não deixaria isso acontecer, pois na minha vida sempre fiz assim. Eu o manteria no desconforto. Se ele me desse meia oportunidade, eu aposto que a aproveitaria por completo e a transformaria na vitória.”


A quinta e última questão que o Gracie mais escutou é, provavelmente, a mais valiosa para todo e qualquer aluno. E que seria:

— Mestrão, que é que estou fazendo errado aqui?

Use essa invenção maravilhosa chamada “técnica de perguntar” e vá mais longe com seus estudos nos tatames. Oss…

Comentários

Joe Mendoza  Avatar
Joe Mendoza comentou:

Thank you for free giving all your wisdom!

19 de abril de 2023, 16:20
John Smallios Avatar
John Smallios comentou:

"Every time I am tired, my opponent will be tired too."
Thank you GM Rickson

16 de abril de 2023, 16:55