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A verdadeira felicidade, segundo o grão-mestre Helio Gracie

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Após se despedir deste plano aos 95 anos, em janeiro de 2009, o grão-mestre Helio Gracie teve uma festa de despedida leve e alegre, semanas depois. Tudo foi feito conforme o professor quis, e dezenas de alunos, familiares e admiradores apareceram na sede náutica do clube Vasco da Gama, no bairro da Lagoa, Rio de Janeiro, para a última homenagem ao faixa-vermelha. Uma festa, “sem bebida, sem esculhambação”, como bem pedira o professor.

Crianças corriam felizes, enquanto cascudos faixas-pretas, vermelhas e vermelha-e-preta trocavam beijos na face e tapinhas carinhosos. Nos discursos, engraçados e instrutivos, sem melodramas, Helio recebia adjetivos como gênio, herói, educador. Alguém o classificou de o “maior filósofo brasileiro do século XX”.

No telão, uma arte trazida pelo primogênito Rorion, da Califórnia, exibia Helio chegando ao céu, cercado por Bruce Lee, JFK e Elvis Presley, com o roqueiro aplicando um mata-leão em Albert Einstein.

Nesse clima leve, um curioso circulou pelo salão a perguntar: “E afinal, qual teria sido o dia mais feliz da longa e produtiva vida de Helio Gracie?”.

“Helio não teve um dia feliz; teve uma vida feliz”, disse o amigo e aluno Pedro Valente, pai. “Cada dia ele descobria uma felicidade maior, uma alegria maior de estar ali. Foi um cara de bem com a vida todos os dias.”

Para o filho Rickson, foi dureza escolher. O mestre explicou: “É difícil apontar um dia numa vida linearmente feliz. O bicho foi um vencedor, com uma vida de sucesso onde realizou tudo o que quis”.

Um de seus mais vitoriosos alunos nos anos 1950, João Alberto Barreto pensou e disse: “É muito difícil ser uma pessoa de bem consigo mesmo, e Helio Gracie era. Isso é felicidade. Com tantos dias felizes na vida, é difícil destacar um, mas lembro duas ocasiões em que Helio estava transbordando de alegria. Uma, no dia do nascimento de seu primeiro filho, Rorion. E eu vi ele chorar uma vez: no dia em que Rorion o homenageou durante o UFC 1. A consagração, naquele palco, tirou lágrimas do professor. Lembro do dia em que ele ficou com mais raiva: o dia da morte do Rolls em 1982. Ele estava muito enraivecido com a tragédia, pois tinha alertado ao sobrinho-filho dos riscos da asa-delta”.

Mas que diria o grão-mestre Helio?

Para muitos familiares e admiradores próximos, a felicidade para Helio Gracie era um dia no sítio em meio a seus cavalos, observando a natureza, consertando uma telha solta ou encontrando uma ou outra cobra abusada — e a jogando de volta ao laguinho em Itaipava, na região serrana do Rio.

Só que, claro, a pergunta já havia sido feita ao próprio professor durante sua prolífica vida cheia de vitórias. A resposta dada remeteu a seus dias de lutadores, num dia especial: quando o jiu-jítsu brasileiro superou a técnica de um campeão japonês de fama e títulos inegáveis.


“Minha maior alegria no jiu-jítsu veio naquela luta em que finalizei o japonês Jukio Kato”, disse Helio, certa vez. “Foi quando pude enfim conferir que meu jiu-jítsu era superior ao dele.”

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Comentários

Wahib Salha Avatar
Wahib Salha comentou:

Temos orgulho de termos um Brasileiro, tao importante e unico no mundo das artes marciais. VIVA HELIO GRACIE!!!

28 de abril de 2023, 16:02
Jason LaMarche-Hunderup Avatar
Jason LaMarche-Hunderup comentou:

What a great message. So timely to receive it as I turn 49 on the day it was released. Thank you.

25 de abril de 2023, 10:15
danbrown Avatar
danbrown comentou:

I hope I have that kind of peace when my day comes.

24 de abril de 2023, 17:43