Como Rickson virou um lutador implacável (parte 1)

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Cobrimos anteriormente a maneira drástica como o jovem Rickson Gracie se ensinou a não surtar dentro de uma gravata

Mas isso não o impediu de implorar a seu pai que jogasse a toalha entre os assaltos de sua estreia no vale-tudo cerca de oito anos mais tarde. Ainda restava uma lição a ser aprendida, a qual Rickson nos explicou numa entrevista recente. Eis a primeira parte:

"A experiência que tive com o Zulu foi um pouco diferente, pois não foi claustrofóbica no meu cérebro; foi uma falta de energia para levantar meu braço, pra ser cabeça de me levantar e continuar me movendo, e então poder reconhecer o ataque e poder, efetivamente, na hora certa, com precisão... 

"Então eu sabia, quando terminei meu primeiro assalto com o Zulu, que eu já tinha perdido toda a minha eficiência fisicamente; eu já estava... Não conseguia nem me levantar pra andar até meu córner; eu estava me arrastando ao córner. E estava morto de cansaço. E não era pânico; era só uma sensação de, 'Estou exausto; não consigo mais levantar meus braços; só vou... 

"Tentei discutir com meu pai dum jeito sóbrio, dum jeito bem claro. Eu disse, 'Pai, não consigo mais; quero desistir, porque...'. E meu pai não quis me ouvir; só, 'Ah você foi bem. Ele vai estar mais cansado que você; ele está pior que você; agora você vai meter-lhe a...'. E continuo discutindo com ele: 'Cara, eu não consigo, e se eu não consigo, não importa quão cansado ele está; eu...'. Então tentei criar esse tipo de argumento, e meu irmão Rolls jogou-me o balde de gelo e [respiração pesada]... E então [som de sino], e eu entro, sem nem pensar em nada; fui só empurrado. 

"E então consegui fazer o que meu pai disse, e depois de três minutos no segundo assalto, consegui tirar vantagem. Aí eu percebi que o pior monstro na minha mente foi criado pelo meu próprio medo, pela minha própria mente."

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