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Anthony Bourdain sentiu na pele a tese de Rickson sobre faixas-brancas

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O mestre Rickson Gracie é uma daquelas raras pessoas que procuram enxergar o Jiu-Jitsu como um todo — com capacidade de deslindar a arte marcial em suas múltiplas camadas, das facetas mais luminosas às obscuras.

Há tempos que Rickson percebeu que o Jiu-Jitsu que protege e salva as pessoas também as afugenta. Isso ocorre, o mestre reparou, porque a ampla maioria das escolas têm como norma liberar o treino de sparring de faixas-brancas contra faixas-brancas. É a hora exata em que o ensino sai de cena e entra o caos.

“Quando o aluno chega à academia pela primeira vez e aprende uma técnica, ele se apaixona”, resume Rickson. “Não tem quem não se divirta ao aprender Jiu-Jitsu. O xis da questão é quando o instrutor chama o aluno e pede para que ele se deite, e chama outro e pede que monte. ‘Você, mantenha a montada!’ ‘Você deitado, tente escapar!’ Pronto, nesse ponto soltamos as feras. Os instintos estão liberados e a natureza está um pouco fora de controle. E não depende da índole do faixa-branca: aquele confronto naturalmente abre brechas para um movimento um pouco mais bruto, para um aperto incômodo, para uma agressividade imprevisível para eles. Alguns curtem o tranco e voltam. A maioria nunca mais retorna.”

A solução de Rickson é tão simples como revolucionária: treinar muito cada posição, fazer muito drill e aprender o máximo de detalhes com um instrutor e um parceiro de treinos que ajude o faixa-branca iniciante, não que tente arrancar sua cabeça. Trata-se de aprender na academia, e não ir lutar.

A revista Rolling Stone recentemente achou os diários secretos de Anthony Bourdain, chef e astro da TV especializado nos porões dos restaurantes e no lado cru da vida. Então faixa-branca, Bourdain postou anonimamente em fóruns da internet sobre suas desventuras e progressos nos tatames.

O autor de “Kitchen confidential” e “No reservations” relatou como poucos, com seu peculiar estilo, como as ideias de Rickson fazem cada vez mais sentido.

Por exemplo, no relato escrito em 14 de agosto de 2014, às 20h56:

“Rolei com outro faixa branca hoje. Ele não sabia nada — o que é tranquilo, porque eu também não sei nada. Mas ele tinha um corpo como um caminhão de lixo, e era tão gracioso quanto. Além disso, é um wrestler. 

“Que tipo de wrestler, não tenho ideia. Ele conseguiu me chutar no nariz, queda com cotovelada de WWE na minha barriga, e em geral ficou me jogando de cá pra lá na jaula dele — isso quando não ficava só deitado nas minhas pernas ou tentando me esmagar grosseiramente com seu enorme tamanho. Ah, claro, ele tentou arrancar meu pé torcendo-o. Foi... interessante. 

“Não acho que ele tentou nem uma única técnica de jiu-jítsu que eu conheça — e é difícil abordar o assunto de forma construtiva já que ele se comunica só com rosnados monossilábicos e evita contato visual. 

“Qual é a coisa educada a fazer aqui? Nem fodendo quero rolar de novo com esse Killdozer. Devo me mover pro outro lado do tatame quando ele se aproximar? Falo com o professor e peço pra ele botar o Godzilla de volta na Ilha dos Monstros? Atiro nele com um dardo tranquilizante pra podermos rastreá-lo de volta pra vermos se existem outros de sua espécie? Qual é a resposta apropriada a isto?"

Ótima pergunta, chef.

Confira o artigo completo sobre Bourdain, aqui.

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