Um tempo atrás, o mestre Rickson Gracie recebeu a visita de um “sobrinho” querido.
Tratava-se do faixa-marrom Rayron Gracie, filho de Ryan, primo muito respeitado e querido por Rickson.
Depois dos treinos e conversas entre os dois, o mestre elogiou o garoto e levantou uma questão interessante sobre a formação e desenvolvimento dos jovens atletas que chegam à categoria profissional.
“O protótipo perfeito de um campeão se assemelha muito ao que enxergo no Rayron”, comentou Rickson. “Ele tem uma ótima personalidade, é um lutador duro, respeitoso e apaixonado pelos treinos.”
Para Rickson, tais ingredientes são alguns dos principais para ver nascer um atleta de sucesso. Paixão pelo que faz, não ter medo de trabalho duro, não aceitar a derrota, ser calmo e controlar as emoções ao lutar.
Outros atributos úteis, segundo o Gracie, é ser uma pessoa honrada, respeitosa e com uma postura sempre positiva.
O que falta, então, para o jovem talento promissor e vencedor nas faixas coloridas se tornar um supercampeão, um fora de série?
Rickson resume bem:
“No fim das contas, o que falta é a experiência. O universo da faixa-marrom e das faixas coloridas é muito diferente da divisão dos faixas-pretas”, alerta o Gracie.
De acordo com Rickson, ao ingressar no mundo dos faixas-pretas, qualquer jovem atleta passa a se ver diante de obstáculos severos. Como por exemplo: o baixíssimo índice de erros do outro lado; a desestabilização psicológica; a falta de ação; a malícia; as vantagens estratégicas; e o antijogo.
“Antes da divisão da elite, os bons lutadores jogam aberto, para finalizarem e o combate acaba por ser mais franco”, compara Rickson. “Já a faixa-preta é a categoria dos detalhistas, dos franco-atiradores que não perdoam um erro.”
Se quiser chegar ao topo, portanto, o praticante precisa estar atento aos detalhes. Como neste vídeo, em que Rickson ensina um de seus macetes para passar a guarda. Para assistir a aula completa clique aqui.
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