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O “Homo ferox”: por que ainda perdemos a cabeça e trocamos tapas?

POST
Por que nós, seres humanos, perdemos a cabeça? O que leva uma pessoa a partir para cima da outra, na rua ou nos tapetes vermelhos de uma grande festa?

A “síndrome do Hulk”, como a medicina classifica o excesso de pavio curto, ocorre quando os ataques de fúria são recorrentes, de duas a três vezes por semana. O mais comum, contudo, são explosões momentâneas, causadas não por um transtorno a ser tratado, mas por puro e simples estresse. Uma explosão que, no entanto, pode estragar uma vida, ou uma reputação.

No livro “Homo Ferox: As origens da violência humana e o que fazer para derrotá-la” (editora HarperCollins), o autor brasileiro Reinaldo José Lopes investiga por que nossa espécie volta e meia se estapeia, ou coisa pior. Em três anos de pesquisas, ele seguiu as mais diversas pistas, em áreas como a cultura, psicologia, biologia evolutiva e economia.

Uma das conclusões cristalinas do autor: sim, os homens perdem muito mais a estribeira que as mulheres.

“Costumo dizer que o problema do mundo é o homem, e isso é das coisas mais centrais nessa questão”, afirma Lopes. “A gente evoluiu para essa competição entre membros do sexo masculino, por prestígio, por posição, por bens e, em última instância, uma disputa por acesso sexual. Eram tempos que nenhum brucutu pensava em perguntar a uma donzela se ela queria ficar com ele ou com o ogro da outra caverna. Isso moldou a psicologia humana da violência. Hoje, tudo mudou. Por exemplo, um homem com mais filhos não vai ter mais poder político, como acontecia”.

De acordo com os dados do livro, a maior parte dos casos de violência na humanidade não vêm das guerras e conflitos entre nações, mas das chamadas desinteligências. Isto é, de brigas sem maiores motivos, como discussões, disputas amorosas e rixas entre torcedores de futebol. Violências graves e, muitas vezes tranquilamente contornáveis.

As explosões de violência e a falta de uma boa respirada vêm de longe. De acordo com achados arqueológicos, os atos brutais são realizados há pelo menos dez mil anos, quando restos mortais de pessoas agredidas foram encontrados — inclusive o de uma gestante —, às margens do lago Turkana, entre os atuais Quênia e Etiópia. Provavelmente um massacre, por territórios férteis ou posses.

E, 10 mil anos depois, o que temos feito para não odiar o próximo?

Educação, leis, autoconhecimento e técnicas de respiração ajudam.

O principal, contudo, é o indivíduo continuar a se libertar da vontade de fazer justiça com as próprias mãos. Antes das leis e dos tribunais, partir para cima de quem nos ameaçava era não só justificável, mas uma questão de sobrevivência. “Hoje, porém, só serve como pólvora para briga no almoço de domingo — e alimenta ímpetos de chegar às vias de fato”, reflete Lopes.

“Quando não havia arbitragem estatal eficaz para conflitos, isso era útil de alguma maneira. Hoje há mecanismos bem mais eficazes do que partir para a justiça com as próprias mãos, mas o instituto continua lá [na mente] e, para domar esse negócio é preciso muito esforço, educação, respeito às leis”, argumenta. “Os seres humanos seguem em adaptação, e os ímpetos psicológicos, hormonais e biológicos que foram instalados no software do nosso cérebro ainda estão por lá. Para domar esse negócio, é preciso muito esforço, educação, respeito às leis.”

O fato de uma bofetada transmitida ao vivo entre colegas de cinema chocar tanto, portanto, é uma prova de que o mundo, apesar das guerras, está rumando para um caminho menos violento hoje.

E você, consegue respirar e se libertar da fúria quando algum panaca enche sua paciência? Se não, está na hora de conhecer o bom Jiu-Jitsu.

&t=13s&ab_channel=HansOliveira

Comentários

markmclaugh01 Avatar
markmclaugh01 comentou:

Thank you for this!!

23 de abril de 2022, 19:55
Nate Avatar
Nate respondeu:

Powerful presentation!👍🏿💯

26 de abril de 2022, 15:08